11.11.09

Certa manhã de sexta-feira

Manhã de sexta feira na ilha da magia. A temperatura beira os 30°, mas a sensação térmica vai muito além. Hoje é aquele dia para se dizer, melhor não dizer, mas você sabe muito bem o que pensei em dizer. Para completar o dia ainda tenho que ir ao mercado público de Florianópolis, tirar umas fotos e conversar com alguns comerciantes. O trânsito aquela maravilha de sempre quase calmo, quase tranqüilo, quase perfeito. É quase. Para estacionar até que nem foi difícil. Foi somente pagar e a vaga surgiu como que em um passe de mágica. É as grandes cidades têm dessas coisas, tem que acreditar em mágica, e ter um pouco de sorte.

Chegamos ao mercado agora e vamos ao bate papo. Inicíamos pelo Box 36. O senhor que está no balcão parece um tanto aborrecido. Puxo conversa dando-lhe bom dia, o qual ele responde somente com um aceno com a cabeça. Digo que gostaria de fazer algumas perguntas sobre o mercado e os produtos que ele comercializa. O senhor sem erguer os olhos me pergunta:

Quanto você vai me pagar?
Vai aparecer no jornal do almoço?

Penso é acho que deveria ter iniciado pelo outro lado do mercado. Agradeço e sigo em meio as pessoas que já começam a formar um burburinho no local. Vou até a Toca do Urso e com grata surpresa sou muito bem recebido e com um largo sorriso no rosto, o moço me deu as respostas que estava procurando, sobre o que mais vende o perfil dos clientes e tudo mais. Vamos em frente.

Chegamos à peixaria do Chico e pergunto sobre o perfil do cliente e o produto que mais roda. O balconista sem pestanejar manda de pronto o que mais vende é camarão gaúcho e cliente aparece de tudo aqui, rico, pobre, bonito, feio, mal humorados e até mesmo simpáticos como à senhora que estava ao meu lado e comprou duas tainhas e um quilo de camarão para fazer um almoço especial para seu filho que estava de aniversário. Aproveito o embalo e também compro um peixinho que ninguém é de ferro.

Sigo com as perguntas dessa vez a um taxista que me diz que as mudanças no trânsito vão dificultar a vida de todos no mercado e que o prefeito deve voltar atrás e deixar tudo como era. Vou até a banca da Cler compro uns biscoitos para fazer um agrado com a patroa e vou pegar o carro, nesse calor o melhor lugar da cidade com certeza é na beira do mar, curtindo uma praia.

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